sexta-feira, 29 de março de 2013

Toda verdade passa por três etapas:
Primeiro, ela é ridicularizada.
Segundo, ela é violentamente contestada.
Terceiro, ela é aceita como evidente.
Arthur Schopenhauer, filósofo
 
( dramatização  -  quadro extremo da  Síndrome de Candidíase Polissistêmica Crônica )
(...)
      A expressão desanimada de Thaís contrasta com sua juventude.  Perguntada sobre o motivo da vinda ao médico, ela responde:
     - Nem sei por onde começar... eu simplesmente me sinto mal !
     O médico pede que ela defina seu mal-estar.  Ela faz um gesto vago no ar, como que incapaz de definir o quê está tão mal.  A insistência da pergunta é respondida com um suspiro.  Olhando para o vazio, Thaís desata uma catadupa de queixas, recheada de TPM, infertilidade, vaginite, dor e indisposição para o sexo, prurido genital...  O médico imagina se a paciente não teria escolhido o especialista errado.  Deveria ter procurado um ginecologista !
...  infecções urinárias que se repetem...
     (urologista?)
...  dores de cabeça, enxaquecas...
     (cefaliatra?)
...  às vezes prisão de ventre, outras vezes diarréia, intolerância a alimentos e
     cheiros diversos, inchaço abdominal...
     (ou um gastroenterologista?)
...  pele seca, escamosa, com feridas, cravos e espinhas, alergias...
     (dermatologista?)
...  excesso de peso, insatisfação com o espelho, ciclo irregular...
     (endocrinologista?)
...  dores nas juntas...
     (ortopedista?  reumatologista?)
...  crises de asma, infecções respiratórias...
     (pneumologista?)
...  cansaço crônico, depressão, indisposição, ansiedade, irritabilidade,
     insegurança, desentendimentos no trabalho e em casa, impaciência com os
     filhos, incapacidade de concentração, memória fraca, desânimo para o
     convívio, sono prejudicado, humor instável, mal-estar geral...
     ( psiquiatra!  É isso... um psiquiatra ! ). 
     Thaís foi 'premiada' com o mais abrangente dos quadros clínicos relacionados à candidíase crônica.  É o que chamamos de 'figura-de-livro'.  Parece florido demais?  Sim, mas não é caso único.  E não é hipocondria, nem imaginação da paciente.
     O marido de Thaís não a reconhece mais como a pessoa que ele conhecera.  Pediu-lhe que procurasse médicos.
     Tratou o corrimento vaginal.  Com sucesso relativo porque, sempre que suspendia o tratamento, a secreção voltava.  Usou antibióticos contra as infecções urinárias, que também voltavam.  Fez uso de corticosteróides contra as alergias e para aliviar as crises de asma.  O alívio foi marcante e, de quebra, ajudou também nas dores articulares, mas o medicamento só ajudou durante as crises, e não eliminou os problemas.  Prisão de ventre e diarréia, por serem alternantes, pareciam não ter solução.  Cremes para a pele pouco ajudaram.  Enxaquecas?  Os analgésicos foram se tornando cada vez menos efetivos, e as dores de cabeça mais frequentes e intensas.  Quanto à intolerância a alguns alimentos, nada a fazer além de evitá-los  (mas eram muitos...).
     Desesperançado, o marido de Thaís insiste para que ela siga a sugestão dos médicos e procure um psiquiatra.  Diagnosticado transtorno bipolar complicado, o tratamento se arrasta entre sessões e medicamentos, e a alternância entre períodos de melhora e piora. 
     - Meu marido dá sinais de querer separação, dizendo que não foi comigo que se casou.  Meu psiquiatra é profissional sério e tem se empenhado no meu caso com interesse... mas eu sei que não estou louca!  Tenho sido impaciente com meus filhos, mas, se não fosse por eles, eu não descartaria suicídio.
     Quase tão perdido quanto a paciente, e sem muita convicção, o médico pergunta quando começou tudo.
     - Minha lembrança mais antiga tem a ver com o complexo que eu tinha por causa da minha pele, quando estudante.  Eu tinha espinhas demais.
     As últimas palavras de Thaís fazem o médico ouvir uma ficha caindo.  Num lampejo de inspiração, ele pergunta qual o tratamento realizado na ocasião.
     - Minha mãe me levou ao médico.  Tomei antibiótico por um tempão. 
     BINGO !!!
(...)
      Entretanto, não há enfermidade 'clássica' que inclua todas as queixas de Thaís.  Então, qual é o invasor capaz de causar tantos danos, produzindo um quadro clínico tão intenso quanto variado e desnorteante?
(...)
( trecho do livro  Um Diagnóstico Inesperado,  capítulo  Neurótica, Eu? )


O caso de Thaís é dramatização extrema.
Quadro clínico tão 'rico' de candidíase não é a regra  -  mas é real.

O fungo Candida albicans produz o popular 'sapinho'  (candidíase oral),

e é fartamente conhecido das mulheres  (candidíase vaginal),
e classicamente considerado de importância secundária, quase inofensivo.
De fato, desde que limitada à vagina, a presença da Candida no corpo humano é compatível com uma existência tolerável.
Entretanto, a Revolução Industrial imprimiu ao nosso meio mudanças de hábitos e 'ambientais' que alteraram radicalmente a relação do fungo com seus portadores e,  hoje,  a candidíase crônica condiciona quadros clínicos tão numerosos  que favorecem vasta variedade de doenças  (inclusive psíquicas).

A Síndrome de Candidíase Polissistêmica Crônica é uma nova doença 'ecológica',  e,  segundo Trowbridge e Walker  (The Yeast Syndrome),  afeta um terço da população dos países ocidentais industrializados  (praticamente uma pandemia *).

Acomete ambos os sexos em todas as idades, mas a maior vítima é a mulher,
da primeira menstruação à menopausa,  com manifestações físicas,  psíquicas e emocionais.

(*)  De todas as vítimas de candidíase polissistêmica, estima-se que 40% sejam homens e crianças,
e 60% mulheres,  o que significa que, de um grupo estatístico de 100 mulheres, 40 seriam afetadas.


Tratamentos medicamentosos para candidíase dão resultados de curta duração.
Infecções urinárias,  corrimento,  mau cheiro...   os problemas voltam.
Mas há tratamento  eficaz, seguro  e  duradouro.

Saiba mais a respeito da Síndrome de Candidíase Polissistêmica Crônica
( causas,  manifestações,  fisiopatologia,  diagnóstico  e  tratamento )
no livro  Um Diagnóstico Inesperado , deste autor.

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Melhor  (e menos dispendioso)  do que tratar  é prevenir.

É bom critério usar a data do seu aniversário como lembrete para revisões anuais
com  dentista, oftalmologista  e ginecologista (mulheres)  ou urologista (homens).
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dr VIC JOHNSON
médico ortomolecular
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